Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca chegam as grandes descobertas.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Pág. 190, 191.
"...Depois de várias horas, a luz que se infiltrava pelas copas das árvores se transformou, o tom de verde-oliva escuro passando para um jade claro. O dia ficava ensolarado, assim como ele previa. Pela primeira vez desde que entramos no bosque, senti um arrepio de excitação – que rapidamente se transformou em impaciência.
- Ainda não chegamos? – brinquei, fingindo mau humor.
- Quase. – Ele sorriu com uma mudança a mudança no meu estado de espírito. – Está vendo aquela clareira ali?
Olhei a floresta densa.
- Hmmm, deveria ver?
Ele deu um sorriso malicioso.
- Talvez seja cedo demais para os seus olhos.
- Hora de ir ao oftalmologista – murmurei. Seu sorriso se tornou mais pronunciado.
Mas então, depois de mais uns cem metros, pude ver nitidamente um clarão nas árvores adiante, um brilho que era amarelo e não verde. Acelerei o ritmo, minha ansiedade aumentando a cada passo. Ele agora ia atrás de mim, seguindo sem fazer barulho.
Cheguei à beira da fonte de luz e passei por cima da ultima franja de samambaias, entrando no lugar mais lindo que já vira na vida. A campina era pequena, perfeitamente redonda e cheia de flores silvestres – violeta, amarelas e de um branco delicado. Em algum lugar perto dali, pude ouvir a música borbulhante de um riacho. O sol estava a pino, enchendo o círculo de uma névoa de luz cor de manteiga. Andei devagar, assombrada, através da relva macia, agitando as flores, e do ar quente e encantador. Eu quase me virei, querendo partilhar isso com ele, mas ele não estava atrás de mim, onde pensei que estivesse. Girei o corpo, procurando com um súbito sobressalto,. Por fim localizei Edward, ainda sobre a sombra densa da floresta, na margem da clareira, observando-me com olhos cautelosos. Só então me lembrei do que a beleza da campina expulsara de minha mente – o enigma de Edward e o sol, que ele prometeu explicar para mim hoje.
Dei um passo na direção dele, meus olhos brilhando de curiosidade. Os olhos dele eram cautelosos e relutantes. Sorri para encoraja-lo e acenei para ele, dado outro passo. Ele ergueu a mão num alerta e eu hesitei, girando em meus calcanhares.
Edward pareceu respirar fundo e entrou no brilho intenso do sol de meio dia."
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